No Brasil, existem pelo menos 15 espécies de tucunarés,
descritas biologicamente, onde o colorido, a forma e o número de manchas variam
bastante de espécie para espécie, porém, todos os tucunarés apresentam uma
mancha redonda, chamada de ocelo, no pedúnculo caudal.
Dentro
das espécies biologicamente classificadas, que são encontradas na bacia
hidrográfica da Amazônia e podem ser confundidas, com os quatros espécies
encontradas, com maior freqüência na bacia do Rio Negro, apenas para título de
esclarecimento e informação são descritas a seguir.
Cichla pinima
(c. SP. “Amazonas”): espécie recém-descrita
(2006), pinima é uma palavra tupi-guarani que significa branco-manchado.
Encontrado no Brasil, nas bacias hidrográficas
do baixo Amazonas, baixo Tapajós, baixo Xingu e baixo Tocantins. Também foi introduzida em outras localidades no nordeste do Brasi, como no caso do açúde do Castanhão no estado do Ceará. Possui
três proeminentes barras verticais escuras ou manchas nos adultos. Manchas
escuras no opérculo estão presentes. Os juvenis têm quatro ou mais linhas
horizontais de pontos de luz. Podem
alcançar até 10 kg e 90 cm de comprimento.
Cichla pleiozona (c. SP. “Madeira”): espécie
recém-descrita (2006), nativo
da Bolívia, Brasil, Panamá (Lago Gatún), com distribuição
bacias hidrográficas da Amazônica divisa com a Bolívia, e do Alto Rio Madeira (Rio Jamari), mais
precisamente as cabeceiras do rio Madeira, nas áreas de seus formadores (os
rios Guaporé e Mamoré). Com as características que, além da presença de três barras verticais escuras laterais, existe presença típica de
uma quarta barra vertical no pedúnculo caudal. Dorsalmente apresenta a coloração verde-oliva com amarelo ouro. O corpo de espécies Juvenis, normalmente apresenta o abdômen branco e em espécimes maduros a região occipital pronunciada. No caso do Cichla pleiozona,
ele está entre os cinco tipos de tucunarés genericamente denominados como
amarelos, porém distinto do C. monoculus
(popoca) e C. kelberi (amarelo),
pelo maior número de escamas, a presença típica da quarta barra vertical no
pedúnculo caudal e a ausência de manchas claras nas barbatanas anal e pélvica. Na bacia do Rio Negro,
normalmente são encontrados com maior frerquência as espécies: C. temensis, C. monoculus e C.
Orinocensis, fato este que elimina as possibilidades da presença, de outras
espécies semelhantes como C. pleiozon
e C. kelberi, que só são encontrados
em outras regiões.
Cichla ocellaris: é encontrado principalmente ao norte da Guiana, na
bacia do rio Urinoco. No Brasil, pode ser encontrado no alto Rio Branco nos afluentes
(Tacutu e Urariquera). Alcança até cinco quilos. Com característica marcante,
leve barras transversais em alguns exemplares são encontrados uma mancha
redonda debaixo do peitoral. Às vezes tem um segundo ocelo distinto
individualizado por baixo da barbatana dorsal e não apresenta manchas pretas
sobre o opérculo (bochecha).
Cichla intermédia: Conhecido
como tucunaré "Royal" por pescadores americanos. O
Cichla intermédia é
encontrado apenas na
bacia do Orinoco, chegando
até o
sul no Casiquiare. Os adultos são marcados com uma linha exclusiva de manchas escuras irregulares e seis ou sete barras verticais ao longo do corpo, logo
abaixo da linha lateral. Os adultos têm várias pequenas manchas pretas na opérculos. Normalmente encontrados na
água (mais
rápida) lóticos. Alcança pesos até cerca
de 6
quilos.